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CARNAHELL – A saga continua…

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2a. PARTE – “POLÍCIA OU LADRÃO?”

Após uma “maravilhosa” (só que não) noite sono ao som do “caminhão-ar-condicionado” (porque o ar-condicionado do quarto do Hotel Rodoviário mais parecia uma turbina ligada no nosso ouvido – detalhe é que pagamos mais caro para ter um quarto com ar!), retornamos à Rodoviária para pegar o ônibus que sairia para Macaé às 09:30h. No entanto, TODOS os carros estavam atrasados mais de 3 horas, igual à noite anterior, e provavelmente o nosso partiria só depois do meio-dia.

Desnorteados com o calor, quase pisamos em cima da Aninha sentada em cima de sua mala, no enorme saguão da Rodoviária, lotada de gente. Ela é namorada do Cris, amigo do meu namorado, residente de Macaé, que também iria passar o Carnaval conosco. Aninha saiu de BH com destino para o Rio na noite da sexta-feira, e só tinha conseguido passagem de ônibus Rio/Macaé saindo às 17h. O Cris então decidiu ir de carro para o Rio, para buscar a Ana no Rio. E por carro, leia-se o “Todynho” – companheiro de aventuras (= UNO MILLE, 1900 e antigamente, cor de leite com Toddy). Provavelmente, ele chegaria no Rio às 12:00h, por isso, mais uma vez devolvemos nossas passagens e resolvemos esperar nossa carona.

O namorado teve a brilhante ideia de ligar pro Léo, amigo dele do trabalho, para passarmos juntos a tarde no Rio, voltando pra Macaé somente à noite. Feito o contato, o Cris chegou no Rio, Léo e Letícia (esposa dele) na Rodoviária para nos guiar no trânsito caótico, rumo ao Barra Shopping. “Coisa de mineiro, merrrrmo!” – disse o casal carioca quando sugerimos almoçar no shopping. Mas de fato seria mais prático, já que meu namorado poderia aproveitar para comprar uma bermuda e uma camiseta – visto que estava apenas com a roupa do corpo, pois tinha saído direto do trabalho (em Macaé) com destino ao Rio, na noite anterior.

Na saída do shopping, ao chegarmos no carro parado dentro do estacionamento… Surpresa desagradável: algum espírito de porco furou o pneu do Toddynho, e tivemos que fazer a troca do pneu lá mesmo, sol a pino, barriga cheia, morrendo de vontade de ir para a praia. Mas o Toddynho é isso aí, “companheiraço”…

Depois do almoço e das compras, da troca do pneu, para onde fomos?????? Onde 4 mineiros e 2 cariocas poderiam ir em pleno sábado de carnaval, duas da tarde, sol de rachar???? Obviamente, para a PRAIA. Ficamos batendo altos papos na Barra, até que olhamos no relógio e vimos que já eram quase 8h da noite!!! (Detalhe que ainda tinha sol quente esse horário – Rio é Rio, né, minha gente).

Ante à triste constatação de que chegaríamos a Macaé para lá de meia-noite, e que viajaríamos de noite, sujos de mar e areia (porque mineiro que é mineiro, quando vai à praia tem que nadar para “pegar jacaré”), o Léo nos ofereceu a casa dele para passarmos a noite! Então, poderíamos curtir a noite carioca, a praia do dia seguinte e viajar logo depois do almoço, com céu claro. Aceitamos, com muito prazer.

O programa da noite foi na Lagoa Rodrigo de Freitas, lugar agradabilíssimo, super charmoso, jantar à luz de velas, Bossa Nova ao vivo tocando e, não podia faltar, uma cervejinha long neck ao preço “módico” de R$ 5,00 (neste quesito, ninguém merece!!!). Dormimos super bem e tomamos um café da manhã REAL – digno da realeza mesmo – na casa dos cariocas, com direito até a queijo-de-minas e pão-de-queijo, para não sentirmos “abstinência”. 😉

O dia começara muito bem, obrigada, e resolvemos ir à Prainha, ou Grumari, praias liiiindas, mas super distantes do centro da cidade, beeeem depois da Barra. Mas a aventura não ficou só por aí, por incrível que pareça. Antes de sair do túnel Rebouças, notamos um carro de polícia, com a sirene ligada, vindo atrás de nosso amigo Toddy, como que em perseguição implacável. Como motoristas educados, pegamos logo a pista da direita para dar passagem às “autoridades”. Qual não foi a nossa surpresa (para não dizer desespero mesmo) quando o carro de polícia se emparelhou com o nosso, e os policiais, com escopetas e metralhadoras em punho, nos fizeram sinais para encostar o carro, gritando e gesticulando. Paramos o carro, o Léo parou o dele mais à frente. O policial olhou bem dentro do carro, mandou o Cris sair e levar consigo os documentos. Neste meio tempo, o Léo saiu do carro dele e começou a andar na direção do nosso. O Policial se assustou, pôs a mão sobre a arma da cintura, e perguntou quem era. Cris respondeu que era um amigo, carioca mesmo, e que trabalhavam juntos. Ao ouvir isso, imediatamente o guarda guardou a pistola e voltou correndo pra viatura, nos mandando embora, que estava tudo ok, e arrancou logo o carro. Por um instante, ficamos sem entender muita coisa, mas depois de conversarmos com o Léo, descobrimos que estávamos prestes a ser… ASSALTADOS. Tristeza sem fim! Ele mesmo (Léo), já tinha sofrido 2 assaltos da mesma forma, há poucos meses!!!

Ahhhhh… Fala sério!!!

Ana.

** Para ler os outros capítulos da “saga”, clique:

1ª parte;

3ª parte (final).

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