Só mesmo a Marília para me fazer vir aqui dar uma sacudida na poeira deste blog…
Mesmo estando de férias no trabalho, os estudos não me dão trégua, e consomem boa parte de minha energia e criatividade. Há de ser apenas uma fase (mais uma, né?)…
E por que não falar então de livros? A brincadeira é contar aqui os 5 últimos livros que li… Mas quebrarei esta regra, pois prefiro contar os 5 livros que mais gostei – tarefa nem por isto menos árdua:
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Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez

Li este livro há alguns anos, quando encontrei sua edição antiga comprada por meu pai na ocasião de nossa mudança para o atual apartamento… Encantei-me pelo realismo fantástico de García Márquez, pela história dos Buendía, pela pequena e fictícia Macondo etc e etc. Esta obra, que deu o Nobel ao seu autor em 1982, é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores livros da literatura latino-americana de todos os tempos.
- Quando Nietzsche Chorou – Irvin D. Yalom

Irvin D. Yalom é psicoterapeuta e professor de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, e este romance, Quando Nietzsche Chorou, foi o seu primeiro. (Na minha opinião, o seu melhor também, uma vez que comecei a ler Mentiras no Divã e não consegui terminar.) O livro conta a história de Josef breuer, um dos pais da psicanálise, que encara um de seus maiores desafios: tratar de sua própria angústia e obsessão, bem como do filósofo Friedrich Nietzsche, atormentado por uma crise existencial e por uma depressão suicida. O livro traz muito das idéias de Nietzsche, um pouco de sua história de vida, visões filosóficas, discussões sobre psicanálise e sobre as dores da alma, e até Sigmund Freud aparece como personagem nesta história.
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O Perfume – Patrick Süskind

Creio que tenha sido este um dos primeiros clássicos da literatura que eu tenha lido, afinal, este livro foi considerado “o livro” da década de 80 na Alemanha. O que primeiro me chamou a atenção sobre ele, foi o título, pois sou apaixonada por cheiros, perfumes… Acredito ter uma boa memória olfativa, e quando criança cheguei a sonhar com uma carreira de perfumista! O livro conta a história de um homem possuidor de olfato apuradíssimo e sem cheiro próprio, que se torna um assassino em série por sua busca do perfume perfeito pela França do século XVIII. (Antes que me perguntem: sim, eu assisti o filme e gostei muito. Mas só recomendo assisti-lo para quem tenha lido e gostado do livro antes…)
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Os Sonhos Não Envelhecem – Márcio Borges

Como pianista (hã-hã, a gente tenta, né…), e amante da boa música, não poderia deixar de falar neste livro, escrito por Márcio Borges (irmão de Lô Borges), que conta a história do Clube da Esquina, um importante movimento músico-cultural nascido em Belo Horizonte, no bairro de Santa Tereza, e que teve com um de seus expoentes máximos, A VOZ: Milton Nascimento. A edição que possuímos em casa foi comprada no lançamento, e veio acompanhada de um CD com os maiores sucessos do Clube da Esquina.
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Um Defeito de Cor – Ana Maria Gonçalves

Este romance, escrito pela mineira Ana Maria Gonçalves, que eu tive o privilégio de conhecer pessoalmente em virtude desta blogosfera, é simplesmente fantástico! São mais de 900 páginas e não sei quantos personagens, muitos deles baseados em pessoas que realmente existiram, fruto de uma pesquisa histórica super extensa que ela fez em arquivos antigos de Salvador. Tive a oportunidade de comentar sobre ele aqui.
Como eu disse anteriormente, é muito difícil escolher apenas 5 livros… Afinal, comecei cedo lendo toda a coleção do Sítio do Pica-Pau Amarelo (M. Lobato), sem contar nas fábulas e contos de Perrault, dos irmãos Grimm, e muitos mais…
É verdade, sou meio compulsiva com leitura, sempre tenho vários livros que vou lendo aos poucos, cada dia um, e que ficam em cima do criado-mudo, ao lado da cabeceira da cama. Atualmente, lá se encontram: O Caçador de Pipas (Khaled Hosseini, ainda não comecei), Mentiras no Divã (Irvin D. Yalom, o qual hesito em continuar pois sempre me dá sono e não passo de 1 página por noite), Eugénie Grandet (de Balzac, também não comecei a ler ainda), As Mulheres de meu Pai (do angolano José Eduardo Agualusa), Uma Mulher (do parente Pio Procópio de Alvarenga), e Virgínia Berlim (do amigo Luiz Biajoni, mas este já li duas vezes, estou na terceira!). Aproveitarei as férias para finalizar estas leituras e começar outras novas!
Inté mais ver…
Ana.
Ps.: Quebrarei aqui outra regrinha do meme proposto, ao não passar esta corrente pra frente…
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