Arquivo da tag: Bela
Candy
O nome nos remete a algo doce, suave, ao sabor de alguma delícia açucarada que derrete lentamente no céu da boca. E assim Candy parece ser. Ela é jovem, bonita, uma pintora talentosa. É querida pelos pais e amada por Dan. Mas Dan e Candy não são um casal como outro qualquer. São um casal de viciados em drogas pesadas que tentam levar uma vida comum, incluindo casamento e filhos.
Pra quem é de Belo Horizonte, Candy está em cartaz no Usina, Rua Aimorés 2424, Santo Agostinho.
Candy, Austrália, 2006. Direção: Neil Armfield. A produção também conta com o excelente Geoffrey Rush no elenco.
BELA
Paixões cinematográficas
Rhett Butler
Inteligente, sarcástico, perspicaz, debochado, personalidade é o que não falta ao herói de E o vento levou, interpretado magistralmente pelo saudoso Clark Gable (e o bigodinho dele é um charme, não é?). Mas ele não me engana: a sua vontade de escandalizar a sociedade dizendo tudo o que passa pela sua cabeça e rejeitar todas as imposições da moral e dos bons costumes não passa de uma profunda carência de amor feminino. Nada que não se resolva com um bom cafuné. Decididamente, não há mulher mais burra que aquela Scarlett O´Hara!
Átila
Eu sei muito bem que o verdadeiro Átila era um baixinho invocado. Ainda dizem as más línguas, ou melhor, as fontes históricas, que o Rei dos Hunos não atingia o metro e meio. Mas o Atila vivido pelo Gerald Butler é bem diferente, e põe diferente nisso! Másculo, olhos azuis, cabelos longos, olhos azuis, corajoso, olhos azuis, e ainda por cima dedicado à mulher que ama. Precisa de mais alguma coisa?
Buddy Threadgood
Apesar de se revelar um mau-caráter no decorrer de Razão e Sensibilidade, não há como resistir à sua primeira aparição no filme, montado em um cavalo branco, no meio de uma tempestade. Seu porte elegante aliado às maneiras de gentleman, como trazer flores e carregar no colo donzelas machucadas, contribuem consideravelmente para o aumentar seu sex-appeal. Sem contar que ele leva uma edição dos sonetos do Shakespeare no bolso e os recita de cor! Mas, como eu já disse, ele não é flor que se cheire. Uma pena!
Aladim
A Disney acertou em cheio ao criar o simpático “protagonista” do desenho Aladim! O hilário gênio dublado por Robin Williams até tentou, mas não conseguiu roubar a cena do herói deliciosamente trambiqueiro. A paixão era tão forte que eu chegava ao cúmulo de pausar a imagem do Aladim na TV, pregar uma folha em branco na tela e desenhar o contorno do rosto para colar na parede do quarto, acreditam? Mas podem me dar um desconto, pois eu tinha “apenas” uns treze anos.
Decididamente, há coisas que nem Freud explica…
Texto por: BELA
Vide Bula
No entanto, sabemos que lidar com os seres heterossexuais do sexo masculino não é tarefa das mais simples, nem das mais doces. Não é como tomar um xarope com sabor de cereja, por exemplo, mas também não chega a ser tão amargo quanto uma dipirona sódica. Mas uma coisa que todas nós temos certeza, é a de que no que se trata de lidar com nossos homens não poderá faltar uma neosaldinazinha básica dentro da bolsa! (Isso para não falar no Prozac, item obrigatório, of course!)
Nestes termos, nós, as “Mineiras, Uai!”, resolvemos facilitar a tarefa de todas, compilando as melhores dicas neste pequeno “Manual de Instruções” que conseguimos amealhar com nossa modesta (ok, não tão modesta assim) experiência.
Nunca peça de cara: “benzinho, me faz uma massagem?” Porque o puro e simples pedido afasta imediatamente o namorado, que alegará uma dor de cabeça, ou dor nas juntas, enfim, qualquer outro mal imaginário que o impeça de fazer uma massagem gostosinha.
Nesse caso proponha uma competição de quem é o melhor massagista. Homens adoram competição. Diga que a sua massagem é a melhor do mundo, beeem melhor que a dele, a mais demorada, a mais relaxante. Prepare-se para vê-lo caprichar!
Escolhendo o restaurante
Não diga: “vamos naquele restaurante carésimo comer souflé?”. Mas sim, peça para ele verificar se seu souflé não é mais gostoso que o daquele restaurante. É óbvio, que ele vai de cara vai dizer que o seu é muito melhor. Aí é que está o ó do borogodó, minha amiga. A partir daí, você promete que, caso vocês vão àquele restaurante chiquérrimo e carésimo, fará para ele a sua receita do tal souflé em um jantar super romântico e especial no próximo final de semana, no qual você financiará tudo, e ele será servido como um rei. De quebra, garantimos que ele ainda vai pagar a conta do restaurante chique!
Festas de família
Quando se trata de festa de família, nunca comece assim: “Ou você vai no casamento da sobrinha da prima da minha tia avó ou eu termino com você!”
Regra número um: não ameace. Namorados odeiam ser ameaçados, pois não há nada pior para um homem que ser coagido a fazer algo que ele não quer. Ameaçar terminar, então, é a pior saída, pois você corre o risco de ele aceitar o término, e tudo fica pior pra você.
Regra número dois: faça uma boa introdução ao assunto. Comente como você adora recepções de casamento, que sempre tem comida boa e bebidas de graça, sem contar com a música que sempre faz vocês se animarem e dançarem até, e também como é engraçado ficar reparando no mico que as pessoas passam, e nas roupas barangas que as outras mulheres usam, e por aí vai.
Regra número três: o convite. Quando ele já estiver bem animadinho, interagindo com o assunto após sua breve introdução, diga assim: “Nossa! Por falar em casamento, acabei de me lembrar! Dia tal será o casamento de fulaninha, sabe, você a conhece, uma gente boa demais, engraçada, filha da prima da minha tia avó, Tia Ciclana! Aquela, amor, que faz o bolo prestígio com cobertura de trufa que você a-d-o-r-a! Não é o máximo? A gente vai se divertir, beber e comer horrores!”
Garantimos que ele estará dando pulinhos de alegria neste momento, e fará questão de te ajudar a comprar o presente!
Censurando a roupa
Não diga: “Você não vai usar regata pra sair comigo sábado à noite!”
Apenas explique ao seu namorado que ele pode sim, usar a roupa que quiser para ir ao cinema com você, desde que, se ele usar regata, que depile os pêlos das axilas, assim como você o faz.
Roupa descombinada, então, é um grande problema, mas você não deve expressar de forma alguma o seu espanto o modelito do rapaz fazendo caretas, torcendo o nariz, ou mesmo fazendo alguma crítica construtiva. Ser direta nesse caso é comprar briga na certa. Comente educadamente, sem ironias: “Meu lindo, não sabia que você era daltônico!” Ele vai se espantar, confirmar que não é daltônico e perguntar inocentemente: “Por que???” aí você pode dizer cuidadosamente que calça marrom não combina com blusa xadrez azul, verde e rosa e tênis vermelho com amarelo fosforescente.
A escolha do filme
Não recuse categoricamente a ver “Vermes Sanguinários 6 – A volta dos que não foram”.
Tenha em mente – muita atenção nesta hora, dissemos EM MENTE – o que você gostaria de ver como primeira opção, por exemplo, o lançamento “A pequena Miss Sunshine”, ou “A Marcha dos Pingüins”. Aí, insista para alugar algo bem meloso e ultrapassado, tipo “E o Vento Levou”, “O Casamento de Meu Melhor Amigo”, ou “Tomates Verdes Fritos”. Acredite, ele vai tentar negociar com você – homens são mestres nisso – e acabará ficando feliz da vida em assistir os filmes que você já tinha em mente desde sempre!
A escolha da programação num dia especial
A maioria absoluta dos homens só pensa em três coisas, além de sexo: a) cerveja; b) futebol; e c) mulher – necessariamente nessa ordem. Como ele já está com você, não esquente a cabeça com o item c. Vale a regrinha do filme… Concentre-se bastante, antes de saírem de casa para aquele dia especial, pensando no que você gostaria de fazer – o que já exclui, obviamente, ir a algum “boteco copo sujo” e, claro, ir ao Mineirão assistir Democrata x Vila Nova. Desta feita, sugira um local que você sabe que ele não gostaria de ir de jeito nenhum, e prepare-se para negociar, minha filha!
DR – Discutindo a Relação
O DR nunca é tarefa fácil, nem para as pós-graduadas no assunto. Saiba que não existe boa hora para isso, não existem palavras ou frases feitas, ensaio, nada disso, só piorará a situação. O DR não precisa ser ruim, para decidir nada, pode ser apenas uma forma de trocarem idéias mais profundas, fazerem planos mais concretos, esclarecerem algumas situações. Portanto, não deixe de ser bastante carinhosa e autêntica, falando sempre do seu sentimento, de forma cuidadosa para não magoá-lo à toa!
—————–
Bom, sabemos que não somos experts no assunto, afinal de contas, sempre erramos e quebramos a cara, e tentamos novamente, e quebramos a cara de novo etc, etc, et all… Afinal de contas, relacionamento amoroso não é uma ciência exata, é preciso ter muita calma, paciência, bom senso, diálogo…
E no clima comercial-romântico que se instalou em todas as vitrines ultimamente, bom dia dos namorados (para não dizer, ‘dia dos embasbacados’) a todas!
Se eu fosse…
Investimentos
DVD – Assim Caminha a Humanidade (Giant- 1956)
Apenas por ser o último trabalho do James Dean já vale a pena (o “rebelde sem causa” morreu tragicamente antes da produção terminar). O filme é passado no Texas, aproximadamente entre os anos 20 e 40, e conta a história de várias gerações de uma família poderosa, que vive da exploração de uma enorme fazenda. O personagem de James Dean é um cowboy empregado da fazenda que vê sua sorte mudar ao herdar um pequeno terreno no meio das terras do patrão. Esta herança muda irremediavelmente sua vida, assim como a de todos que o cercam. O resto da história você só vai saber vendo o filme, pois eu não quero estragar o prazer de ninguém! O filme ganhou o Oscar de melhor diretor e foi indicado ao prêmio em outras nove categorias, e, mais importamte que tudo isso, ganhou o lugar de honra entre os meus filmes prediletos! (Ponto alto 1: Um CD inteirinho de extras! Ponto alto 2: Comprei o DVD em uma promoção, numa loja no centro da cidade, pagando por ele menos de um terço do valor normal!)
Comprei esse livro às cegas, sem nenhuma recomendação, em uma das minhas andanças pelas livrarias (muito bem acompanhada pela Anita, por sinal). Desde que eu me apaixonei por biografias estava querendo ler uma da Madame de Pompadour, a favorita do rei francês Luís XV, mas não tinha conhecimento de nenhuma publicada no Brasil. Assim que bati os olhos nesse livro, não hesitei em comprá-lo, após verificar que a autora é uma historiadora inglesa reconhecida internacionalmente. Não me arrependi! Esta biografia é rica em detalhes tanto do contexto político quanto cultural dos anos que antecederam a Revolução Francesa, traça um painel fascinante da corte de Versalhes, dos hábitos da nobreza, e de como eram tratados os assuntos do Estado nesses últimos anos do absolutismo na França. Inclusive, a autora não restringe a narrativa apenas à pessoa da Madame de Pompadour, mas, pelo contrário, nos apresenta aos demais personagens ilustres da época, como o próprio Luís XV, os intelectuais Voltaire, Rousseau, Diderot, etc. Uma coisa que me impressionou muito foi a quantidade de mulheres da família real e da corte que morriam no parto ou em complicações pós-parto! Assim como as mulheres, as criancinhas também morriam como moscas, em decorrência da inexistência de diagnósticos e tratamentos eficazes (naquela época, quando uma pessoa ficava doente, a primeira providência dos médicos era “sangrar” o paciente, para “purificar o sangue“. A consequência disso, obviamente, era o imediato enfraquecimento da pessoa, que, já debilitada, não tinha mais forças para resistir nem a uma simples infeccção!) E olha que o livro se restringe a mencionar as mulheres da classe privilegiada, a realeza, imaginem então como era nas classes menos privilegiadas! Enfim, o livro é muito bem escrito e surpreendentemente bem traduzido, uma leitura prazerosa e enriquecedora!
CD – Chet Baker – Jazz´ round Midnight
Bela.
Desabafo…
Para o interesseiro, você só existe quando ele precisa de você. Para o interesseiro, seu tempo e seu trabalho não valem nada quando se trata de “quebrar um galho” para ele. Para o interesseiro, a amizade tem hora marcada (a dele, é claro!). Para o interesseiro, o seu problema não existe, mas o dele é sempre URGENTE. E ele estará sempre pronto a pedir um “favorzinho”: ele jamais se rebaixaria a sujar seus sapatinhos na lama, pois sempre há um idiota pronto para carregá-lo no colo.
Quer saber, da próxima vez que um interesseiro me pedir um “favor” eu vou responder: “Vá pedir pro João Sem Braço!”. Se eu não disser nada pior.
Humpf!
Pronto. Era isso.
Simplesmente… BELA!
Como não poderia ser diferente, com sua inteligência, delicadeza e elegância ela vem trazendo ao blog novas idéias, novos textos, novos conhecimentos… Tudo com sua irreverência e sabedoria características!
E hoje, caros leitores, 08 de maio de 2007, festejamos mais um ano de vida desta pessoinha linda que, desde o princípio dos tempos deste site (nos idos de agosto de 2004), tem sido uma presença constante, uma mão amiga, um comentário certeiro e inteligente, e agora, há pouco mais de 01 ano, um membro imprescindível e querido neste espaço cibernético que vocês acompanham…
VOCÊ É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS!!!
Uma rainha
Há meses eu aguardava a estréia do filme Maria Antonieta da Sofia Coppola, e finalmente consegui assistí-lo semana passada.
Não decepcionou, pelo contrário, mas deixou um gostinho de quero mais no final, pois termina exatamente na melhor parte da história da rainha francesa, quando a família real é expulsa de Versallhes e fica à mercê dos revolucionários. É verdade que o filme deixa apenas entrever que a rainha foi uma personagem de um dos fatos históricos mais importantes da humanidade, e isso é imperdoável.
Maria Antonieta sempre foi uma personalidade controvertida. Desde que chegou à corte de Versalhes para se casar com o herdeiro do trono foi alvo das críticas e sátiras do povo francês, por simbolizar o luxo, a extravagância e a arrogância da aristocracia, tudo isso aliado ao fato de ser estrangeira, proveniente de uma das famílias mais poderosas da Europa, os Habsburgo.
A controvérsia começou ainda na época de sua morte, no fim do século XVIII: de um lado, tida como símbolo da arrogância da monarquia francesa e das falidas instituições do antigo regime, e de outro, admirada como uma mártir, sacrificada por fanáticos que se voltaram contra a ordem das coisas. Esse foi o objetivo dos biográfos de Maria Antonieta, resgatar a sua imagem como monarca, como representante de uma classe, e como mulher, com as limitações prórias de seu sexo na realidade histórica e cultural em que viveu.
O filme foi um pouco menos realista do que eu imaginava, sobretudo no que se refere às roupas, penteados e maquiagem usados na corte francesa na época. Talvez pela provável rejeição dos expectadores com o excesso de cabelos empoados (exigência imprescindível para frequentar a corte) e maquiagem carregada… Mas a produção também surpreende positivamente pelos toques de atualidade com músicas modernas e a incrível cena que foca um par de All Star no meio dos vários sapatos cheios de firulas da Rainha.
Mas acredito que o objetivo do filme tenha sido mostrar a rainha como mulher, em sua vida privada e íntima, ilustrando a máxima de que toda pessoa é o fruto de seu meio.
Maria Antonieta foi educada desde criança para ser um símbolo do poder das famílias reais, um ventre que traria ao mundo um herdeiro do trono francês, dando continuidade às linhagens e aos privilégios das classes dominantes. Com a perda de seu trono, Maria Antonieta pedeu tudo. Sua posição, sua fortuna, sua família e o respeito de seus súditos. E foi com muita coragem que ela viveu seus últimos anos de vida, suportando as humilhações dos revolucionários e as privações diárias a que era submetida, assim como a separação de sua família, a execução de seu marido, e seu próprio julgamento. E foi essa parte que o filme não mostrou…
Enfim, nos últimos anos, historiadores têm se esforçado para trazer à tona uma imagem mais equilibrada da rainha, nos mostrando que Maria Antonieta não foi uma mulher fútil e ingênua, como se imaginava, mas uma mestra em usar o glamour como arma para se firmar numa corte estranha e hostil, e uma mulher que lutou enquanto pôde por sua realização pessoal.
Virar ícone de uma época é destino para poucos, e assim aconteceu com Maria Antonieta. Por isso, conhecer um pouco da triste história de uma mulher que não soube reinar, mas que a tragédia conseguiu tornar uma grande mártir merece uma ida ao cinema (ou à locadora, em breve) e, obviamente, às livrarias.
***
As biografias mais completas e interessantes são as seguintes:
Maria Antonieta, Evelyne Lever – Especialista na análise e compilação da correspondência de Maria Antonieta, a historiadora francesa traça um perfil da rainha baseado nas cartas enviadas a familiares e documentos oficiais.
Maria Antonieta, Stefan Zweig – É um trabalho mais conservador, que foca mais a rainha como personalidade pública, deixando em segundo plano sua vida íntima. É uma biografia que deve ser valorizada pelo rigor e exatidão históricos do período.
Texto por Bela.
Olha quem está miando…
Antes de tudo, os humanos se dividem em duas categorias: os que gostam de gatos e os que nos detestam. Sim, porque nesse caso não existe meio termo: ninguém é indiferente a um felino.
Mas, como eu ia dizendo, foi um humano que me jogou na rua, me separando dos meus irmãozinhos. Mas também foi um humano que me recolheu lá no meio da trincheira cheia de carros, molhado de chuva e esfomeado. Ele cuidou de mim com carinho, mas como na casa dele tinha um cachorro (eca!) que não gostou de mim, não pude ficar com ele.
Os humanos se acham muito espertos, mas esse, apesar de muito bonzinho, achou que eu era fêmea e me chamava de Bel. Até que um dia chegaram duas moças lá na casa dele, me pegaram no colo e me levaram embora numa caixa. Achei que elas eram simpáticas, mas elas me entregaram para um humano grande e sem pêlos na cabeça que me espetou com uma injeção, mexeu dentro das minhas orelhas e da minha boca, levantou o meu rabo para olhar o que tinha embaixo. Detestei, mas pelo menos ele descobriu que eu sou macho, pois isso já estava começando a me incomodar. Depois disso, as duas moças me levaram para a casa delas, me deram um pote com água e outro pote com ração. Nesse lugar também tinha outros dois humanos. Gostei deles de cara, até deitei no colo deles no mesmo dia! Nesse dia eu também ganhei um nome decente: Miró!
Alguns humanos dizem que os gatos não gostam de pessoas, que são traiçoeiros, mas estão redondamente enganados! Falam isso porque nunca conviveram com gatos, e não sabem como podemos ser carinhosos, meigos e companheiros. Por coincidência, são esses mesmos humanos que falam que odeiam gatos. Por que será?
Por exemplo, eles gostam de entrar na água! Não dá pra entender… Água é bom pra beber, pra brincar, mas entrar debaixo daquele jato uma vez por dia ultrapassa a minha felina compreensão! Não sei porquê eles não aprendem comigo a usar a língua para se limpar, é muito mais divertido e econômico.
Também não sei como eles conseguem passar tantas horas na frente daquela caixa barulhenta que fica lá na sala. Eu só acho interessante dormir em cima porque é quentinho. Mas quando meu rabo passa na frente, sei que vou ser xingado. Ah, mas é tão divertido ver a cara de raiva dos humanos! Eles também têm acessos de raiva quando eu deito em cima do livro que eles estão lendo, afio as unhas nas cadeiras da sala de visitas ou tento andar no parapeito das janelas!
Outra coisa que eu não entendo é por que eles passam o dia todo fora de casa quando é muito mais legal ficar cochilando na cama ou no sofá! Mas os humanos, pelo menos os meus, saem cedo e só voltam de noite pra casa. São uns bobos.
Esses humanos…
Me dão carinho, comida, ratinhos de pelúcia…