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CARNAHELL III – O retorno

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3a. (e última) Parte – Para quem achou que o pesadelo já tinha terminado…

Depois de curtirmos bem a praia lotada do Recreio (porque não conseguimos chegar à prainha de tanto engarrafamento) – e quando digo lotada, é sendo disputado cada pedacinho de areia – e almoçarmos muito bem num restaurante da moda na Barra, pegamos estrada rumo a Macaé.

Quer dizer, só pegamos a estrada mesmo após nos perdermos em plena linha amarela (entramos em locais meio barra pesada) – o Cris se atrapalhou seguindo o Léo no trânsito carioca – e passarmos, por TRÊS VEZES, no MESMO PEDÁGIO!!! Acreditem se quiser, o atendente ficou até com dó e nos deixou passar na lateral (onde não tem cancela), por duas vezes…

Uma vez chegando à Via Lagos, acreditamos estar tudo numa nice, numa boa, pois nada de PIOR poderia nos acontecer…

Mais uma vez, estávamos enganados. Ao chegar à casa dos rapazes em Macaé, encontramos os quartos todos bagunçados, cheios de roupas misturadas (mulher, homem, calcinha, meia, calça jeans), a cozinha e a sala sujas, o chão e a parede meladas de gordura, a geladeira vazia… O que poderia ter causado aquilo??? Furacão? (Em pleno Rio de Janeiro… meio difícil.) Tsunami? (hã-hã, a casa ficava um pouco longe da orla, e no Brasil, né gente, não na Ásia.) Arrombamento? (Pois é, seria a explicação mais plausível)… O detalhe é que nos esquecemos de um figura que também morava na casa chamado Bill, e que tinha dito que iria viajar, pois sabia que estávamos indo pra lá no Carnaval.

O peça rara (e ultra folgado) se “esqueceu” que a casa teria visita das namoradas e chamou TODOS os seus primos e primas pra aproveitar a casa… E foi o que fizeram, né!? Rolou a maior briga entre todo mundo, mas no fim deu tudo certo. Os primos e primas do Bill dormiram juntos, no quarto dele – o que seria até muita sacanagem se não fosse o quarto dele o único da casa com ar-condicionado…

Nos dias que se seguiram, segunda e terça, passamos um Carnaval tranquilo, dentro dos padrões Macaenses, claro, ou seja: sol de rachar e engarrafamentos monstruosos. Para vocês terem uma ideia, gastamos umas 6 horas de Arraial do Cabo até Macaé…. (Haja paciência!!!). Tinha motorista utilizando o acostamento da pista da contra-mão para passar na frente dos outros, algo inimaginável para os padrões mineiros de dirigir.

A Aninha teria que ir embora na 3a à noite, pois teria que trabalhar na 4ª feira de cinzas. Então, resolvemos ir naquele dia para Búzios, pois era mais perto de Macaé e ela ainda não conhecia. O dia foi maravilhoso, o mar maravilhoso, algumas pessoas conhecidas, muita cerveja, peixe, etc. Deveriam ser umas 16h, quando a Aninha pediu p/ o Cris para ver sua passagem de volta para BH, que ele havia comprado pra ela na 6a feira anterior ao Carnaval. Foi aí que ocorreu a nossa última e mais traumática aventura (tá bom, a do assalto a mão armada no túnel traumatizou mais, eu admito) do Carnaval de 2005…

O Cris não conferiu a data da passagem na hora da compra, e o atendente da empresa de ônibus vendeu pra ele passagem para a sexta-feira!!! Para o mesmo dia em que ele estava comprando a passagem!!! E o dia que estava sendo tão maravilhoso, se transformou em uma tormenta sem fim! E foi um tal de liga pra empresa, liga pra Rodoviária, grita daqui, cara emburrada de lá, eu e o namorado no meio do fogo cruzado tentando aliviar a atmosfera, que não estava nada boa.

Por fim, depois de muuuuuito stress e correria, às 18:30h conseguimos convencer o atendente a nos ceder, de favor, um lugar no ônibus das 19h de Macaé para BH que, por um milagre, não estava completamente lotado ainda.

No final das contas, deu “tudo” certo e o resto do meu feriadão foi excelente, com direito à Praia de Costa Azul (Rio das Ostras) na 4a de cinzas, 5a, 6a , sábado e domingo!!! Uhuuuuuulllll! 😀

Enfim, um final feliz, né gente? Acho que eu mereci, depois de tanto sofrimento!!! Ufa!

Ana

************ THE END **************

Cliquem para ler toda a “saga” Carnahell:

1a. Parte;

2a Parte.

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CARNAHELL

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1a. PARTE – “HOTEL CALIFORNIA”

Não fosse o calor que faz no Rio de Janeiro, o engarrafamento na entrada da cidade tira a paciência de qualquer mortal (menos dos próprios cariocas, pois estes não se estressam com nada).

Não, não estou falando mal do Rio. Adoro aquela cidade, que é realmente maravilhosa, haja vista alguns posts passados. O desfile das escolas de samba é deslumbrante, não há dúvidas. Os bloquinhos são divertidíssimos! Mas voltar ao Rio para passar o Carnaval novamente, para mim e para mais 3 pessoas em particular, já será um caso a se pensar…

Em 2003, assim como este ano, resolvi passar o Carnaval em Macaé-RJ, com meu namorado. No entanto, deixei para comprar a passagem um pouco em cima da hora, e já não havia mais lugares nos ônibus que fazem o trajeto direto BH/Macaé. O jeito foi ir pro Rio, e de lá pegar um outro ônibus para Macaé. Segundo meu namorado, claro que teria passagem para Macaé, sai ônibus do Rio para aquela cidade de hora em hora, etc e tal, não precisava se preocupar, imagina!

Chegando na Rodoviária “Novo Rio”, lá pelas 19h, um calor de mais ou menos 42 graus, o lugar parecia um formigueiro, nunca vi tanta gente em toda a minha vida. Agorafobia define. Adivinha se tinha passagem para Macaé? Necas… Somente lugares EM PÉ (pelo mesmo preço das poltronas, lógico), que sairia somente às 00:15h. O jeito foi ficar por lá esperando quase 4h. Meu namorado ficou muito preocupado comigo, e o coitado foi pro Rio me encontrar, saindo de ônibus, de Macaé, mais ou menos às 17:30h. Geralmente, o trajeto dura 3 horas… Mas como estávamos em plena “sexta-feira” de Carnaval, ele somente chegou no Rio às 00:05h!!! Eu já estava completamente apavorada, pois pelo horário marcado, o ônibus já sairia para Macaé em apenas 10 minutos! Descemos juntos correndo a rampa para o desembarque… eu com, minhas malas e o namorado somente com a roupa do corpo (afinal, não haveria nenhuma necessidade de ele levar mala para si).

Triste engano! Nem na plataforma de embarque conseguimos chegar, a rampa que nos levaria até lá estava congestionada de tanta gente! Fiquei parada no local enquanto meu namorado tentava descobrir se o ônibus já teria saído, e tal. Para o nosso desespero, todas as linhas estavam mais de 3 horas atrasadas! Já era mais de 0h de sábado e os ônibus das 21h de sexta ainda nem tinham chegado lá para embarcar seus passageiros! Neste momento, quase tive um colapso. Não me aguentava em pé, não aguentava mais ficar sentada, pois já tinha viajado o dia inteiro, precisava urgentemente de um banho e de uma cama. O namorado ficou com dó, viu o meu estado e então resolvemos devolver as passagens, passar a noite num hotel ali por perto e ir para Macaé de manhã.

Alguém, aí já ouviu aquela música “Hotel California“? Pois era mais ou menos daquele jeito o “Hotel Rodoviário”, exatamente ao lado da Rodoviária, e estilo aquelas pocilgas da Av. Paraná (de BH), “apartamentos com água quente”… Credo! No meu estado de total letargia, vencida pelo esgotamento físico daquela viagem até então desastrosa, o banho e a cama foram mais que suficientes para me fazer aprofundar no sono… Mas para o namorado, que mede 1,84m, o pé-direito do quarto de 1,80m não o deixaram nem respirar!

Se pensam que já acabou nosso sofrimento, não se enganem, a história continua, e acreditem, cada vez pior…

Ana.

** Para ler os próximos capítulos da “saga”, clique:

2ª parte;

3ª parte (final).