Contínuo esforço, esfarela como manteiga
Até certo ponto, em que trava tudo
No suspense, fui avisada
Insisti, e então…
Ele apareceu
Imóvel
Escancarado
Me encara
Me vigia
Como um olho onipresente
Em seu todo onipotente
Se empodera de mim
De minha mente
Me debulho em lágrimas
O mesmo que chuva na lagoa
Desequilibrando o ambiente
E o gato que se esconde
Em outro buraco
Enquanto nado em devaneios
Encontro uma boia
Um amuleto da sorte
A origem
O meio
Seria também o fim?
Ana.
Texto e foto: Ana Letícia.
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