O que aconteceu em BH na última sexta-feira?

Padrão
Não era uma “sexta-feira 13”, mas a bruxa estava solta em BH…

Já não bastasse a chuva de dois dias consecutivos, sem parar, sem parar mesmo, na última sexta-feira o trânsito de Belo Horizonte estava caótico, um horror, que tédio!
Feliz e sorridente, depois de sair do escritório em que trabalho (agora sem minhas companheiras Ana e Dô) fui ao IBGE, local em que trabalhei por 02 anos. Revi minha turma, conversei pra caramba, foi muito bom reencontrar velhos e grandes amigos. Fiquei lá das 15 às 17 horas, não foi muito tempo para quem estava sumida uns 04 anos…
Sai do IBGE às 17hs e desci até a Savassi com um amigo, o Thiago, que mora perto da minha casa. Resolvemos descer até lá porque o Thiago iria para a casa do irmão dele, no Palmares, e então, o ônibus 8106, que também passa perto de onde moro, serveria para nós dois.

Apesar da chuva constante, fomos conversando e rindo de várias coisas. O Thiago é um baianinho super legal, choro de rir com ele.
Pegamos o bus às 17:20hs e já na Av. João Pinheiro, em frente ao DETRAN/MG, o trânsito começou a engarrafar… até rimos, pois se em frente ao DETRAN o trânsito era ruim, imagina no resto da cidade… e como estava pior…
O trajeto na Av. João Pinheiro não era muito, uns 05 quarteirões, mas ficamos nada mais, nada menos do que 40 minutos num engarrafamento!
18hs e ainda no congestionamento… o pior ainda estava por vir…
Para o bus entrar na Av. Afonso Pena, gastamos em torno de 30 minutos… haja paciência… já estávamos fazendo aposta de quanto tempo chegaríamos em casa. Para o Thiago umas 19hs, mas eu achava que antes disso. Ledo engano!
Ao sair da Av. Afonso Pena, entramos no viaduto Santa Tereza. Então tudo parou… o motorista abriu as portas, muita gente desceu, ficamos parados lá até as 19horas sem andar nada. Por fim, alguns carros sumiram da pista e o bus chegou até a Av. do Contorno, na Floresta.
Como ali já era bem perto de casa, achei que seria mais rápido. Que nada! O bus não arredou o pé/o pneu. Nenhum carro tinha para onde andar, nem as motos, que disputavam espaço nos passeios com os pedestres que optaram por ir embora para casa à pé.
Eu e o Thiago ainda rindo… mas agora com um riso sarcástico… apreensivo… cansados do calor, da chuva, de ficar sentados naquele banco duro, sentindo fome… também resolvemos descer do bus… já não era sem tempo! Mais de 02 horas dentro do bus fechado (com esse tempo dava para eu sair de BH e chegar na minha querida cidade Curvelo).
Descemos. E a primeira coisa a fazer foi tomar uma cerveja estupidamente gelada no primeiro “butequim” que apareceu na frente. Neste momento, tivemos a noção de todo o congestionamento. Ao longe víamos os faróis ligados, motoristas sem paciência, uma buzinação infernal! Mas fazer o quê, não tinha para onde andar, o que teria acontecido em BH?
Nunca vi engarrafamento igual, já ouvi na TV algumas cenas de São Paulo e imaginei o que milhares de pessoas passam todos os dias. Deixa qualquer um maluco!
Depois de estar de barriga cheia e mais tranqüilos, eu e Thiago resolvemos nos juntar aos inúmeros belorizontinos que andavam pelas ruas e descer à pé o restante do caminho que faltava até em casa (neste momento o Thiago já tinha desistido de ir para a casa do irmão e só queria um banho).
Dei uma ligadinha para casa para avisar onde estava e minha irmã logo disse: “ – Lú, a Carol está presa no trânsito ai perto de você. Encontra com ela e pega carona.”
Beleza! Foi um alívio! Despedi-me do Thiago, que ainda tinha uma boa caminhada pela frente e fui me encontrar com a Carol.
Encontrar? Quase a perco… bem na hora que os agentes da BH Trans liberaram uma parte do trânsito, vi o Crizão namorado da Carol arrancando o carro. Tive que correr pra alcançá-los, mas consegui.
Agora estava tranqüila e segura. Confesso que sou um pouco nervosa e me estresso numa situação caótica como essa. Mas quem não se cansou neste trânsito?
Viemos conversando até em casa, tentando arrumar um jeito de sair do engarrafamento, mas todas as ruas que olhávamos estavam lotadas de carros… e ainda tinham aqueles que, desprevenidos, tiveram a gasolina esgotada. Não foi o nosso caso, graças a Deus, mas o Crizão ficou bem apreensivo quanto a isso.
Exatamente 21horas chegamos em casa.
Nossa, que dia, que trânsito! Quase 04 horas num engarrafamento monstro, gigante!
Nunca imaginei passar por coisa igual!
Explicação para o fato? Ninguém sabe! Uns dizem que deu pane no sistema geral de semáforos de Belo Horizonte, outros dizem que foi a própria chuva, mas vai saber?
Cheguei em casa morta, como se um trator tivesse passado por cima de mim, só tomei um banho e dormi. Todos os meus planos de assistir ao show do César Menotti e Fabiano na Floricultura (lugar super legal!) foram modificados. Não tinha forças para nada! Só queria dormir! E até agora me pergunto:
O que aconteceu em BH na última sexta-feira?
Beijos Lú

Sobre Ana Letícia

@analeticia Autora do blog Mineiras, uai! desde 2004, nasceu em Belo Horizonte-MG. É advogada e sagitariana. Gosta de poesia, literatura, fotografia música boa e dança clássica, contemporânea, de salão, etc. Já quis ser bailarina, como toda menina, e até hoje fica nas pontas dos pés. Participou do Projeto Macabéa com outros escritores blogueiros do Brasil, e foi uma das editoras do Castelo do Poeta, junto com seu primo, o saudoso poeta João Lenjob.

COMENTE!